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terça-feira, 14 de abril de 2015

O Ataque da Coruja

(Meu Tilas e eu)


Estudar no interior te proporciona experiências que você jamais teria caso tivesse ficado em casa, na capital. Essa é uma daquelas histórias em que você pode fechar o diagnóstico: eu vendi churros na crucificação.


Vocês sabem como eu odeio andar, entretanto, quando se tem um cachorro e se mora em uma kit net você não tem muita escolha, tem que sair com o dito cujo para passear.


Estava no último ano da faculdade, estudando para a prova de residência e o Átila tinha voltado para Botucatu para ficar comigo no final do ano já que eu não precisava mais ir à faculdade com a mesma frequência.






Um certo dia, acordei cedo e estudei até por volta do meio dia, como fazia todos os dias, almocei e dei uma descansada. Nessa época, enquanto eu descansava, aproveitava para ir ouvindo a matéria que eu tinha gravado no celular para não esquecer de nada. O dia foi passando, passando, eu estudando e quando chegou por volta de umas 16h30 resolvi levar meu Tilas para um passeio e dar uma espairecida.


Eu não gosto de andar, mas quando estou andando, a coisa que me dá mais alegria é poder ouvir música. É como se sua vida tivesse sempre uma trilha sonora que só faz sentido para você mesmo. Então troquei de roupa, peguei meu celular com as músicas, o fone, o cachorro e saí para dar uma volta.






Morava nas imediações da Praça Brasil-Japão que é um lugar bem gostoso para caminhar. Então peguei o Perna Curta e fomos bater perna. A rua estava pouco movimentada, o que para mim é uma grande vantagem, pois como toda pessoa que tem espírito de velho, não gosto de aglomerações. Tinham apenas algumas pessoas, também passeando com seus cachorros, e outras sentadas conversando.


Já estávamos caminhando há um tempinho quando de repente eu vejo um casal apontando para cima. Achei aquilo estranho, mas continuei andando sem olhar para não parecer que eu estava prestando atenção demais aos que os outros faziam. O Átila ia farejando tudo, marcando seu território infinito e eu percebi que uma coruja estava dando voltas no ar à nossa volta. Achei aquilo estranho mas também bem divertido. Eu amo corujas e não é um animal que se vê com muita frequência no centro da cidade.


Continuamos caminhando distraidamente quando de repente a coruja dá um mergulho e ataca o Átila! Ele deu um grito e me olhou com cara de assustado pedindo colo. Eu levei alguns segundos para entender aquilo.





Para tudo! Como é que uma coruja vai atacar o meu cachorro no meio de uma praça com pelo menos mais uns 5 cachorros diferentes? Achei que tivesse sido algo ao acaso. E continuei andando. Não dei mais que 10 passos quando a desgraçada voltou e deu um rasante na minha cabeça! Aquela situação já estava passando dos limites! Isso já está ficando pessoal! Dei meia volta e resolvi que estava na hora de voltar pra casa.



Estávamos já no final da praça quando a miserável deu outro mergulho e enfiou as garras nas costas do meu baixinho! E foi então que eu juntei todo o meu auto controle, peguei meu filho no colo e saímos correndo com o rabo entre as pernas enxotados por uma ave enlouquecida ao som de I will survive.



2 comentários:

  1. Kkkkkkkk simplesmente fantástico! Deu pra ver vcs correndo feito loucos e de fone de ouvido! Pra acabar!!!! Bjos prima! To adorando!

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