(Meu Tilas e eu)
Estudar
no interior te proporciona experiências que você jamais teria caso tivesse
ficado em casa, na capital. Essa é uma daquelas histórias em que você pode fechar
o diagnóstico: eu vendi churros na crucificação.
Vocês
sabem como eu odeio andar, entretanto, quando se tem um cachorro e se mora em
uma kit net você não tem muita escolha, tem que sair com o dito cujo para passear.
Estava
no último ano da faculdade, estudando para a prova de residência e o Átila
tinha voltado para Botucatu para ficar comigo no final do ano já que eu não
precisava mais ir à faculdade com a mesma frequência.
Um
certo dia, acordei cedo e estudei até por volta do meio dia, como fazia todos
os dias, almocei e dei uma descansada. Nessa época, enquanto eu descansava,
aproveitava para ir ouvindo a matéria que eu tinha gravado no celular para não
esquecer de nada. O dia foi passando, passando, eu estudando e quando chegou
por volta de umas 16h30 resolvi levar meu Tilas para um passeio e dar uma
espairecida.
Eu
não gosto de andar, mas quando estou andando, a coisa que me dá mais alegria é
poder ouvir música. É como se sua vida tivesse sempre uma trilha sonora que só
faz sentido para você mesmo. Então troquei de roupa, peguei meu celular com as
músicas, o fone, o cachorro e saí para dar uma volta.
Morava
nas imediações da Praça Brasil-Japão que é um lugar bem gostoso para caminhar.
Então peguei o Perna Curta e fomos bater perna. A rua estava pouco movimentada,
o que para mim é uma grande vantagem, pois como toda pessoa que tem espírito de
velho, não gosto de aglomerações. Tinham apenas algumas pessoas, também
passeando com seus cachorros, e outras sentadas conversando.
Já
estávamos caminhando há um tempinho quando de repente eu vejo um casal
apontando para cima. Achei aquilo estranho, mas continuei andando sem olhar
para não parecer que eu estava prestando atenção demais aos que os outros
faziam. O Átila ia farejando tudo, marcando seu território infinito e eu percebi
que uma coruja estava dando voltas no ar à nossa volta. Achei aquilo estranho
mas também bem divertido. Eu amo corujas e não é um animal que se vê com muita
frequência no centro da cidade.
Continuamos
caminhando distraidamente quando de repente a coruja dá um mergulho e ataca o
Átila! Ele deu um grito e me olhou com cara de assustado pedindo colo. Eu levei
alguns segundos para entender aquilo.
Para
tudo! Como é que uma coruja vai atacar o meu cachorro no meio de uma praça com
pelo menos mais uns 5 cachorros diferentes? Achei que tivesse sido algo ao
acaso. E continuei andando. Não dei mais que 10 passos quando a desgraçada
voltou e deu um rasante na minha cabeça! Aquela situação já estava passando dos
limites! Isso já está ficando pessoal! Dei meia volta e resolvi que estava na
hora de voltar pra casa.
hahahahahahahahahah
ResponderExcluirKkkkkkkk simplesmente fantástico! Deu pra ver vcs correndo feito loucos e de fone de ouvido! Pra acabar!!!! Bjos prima! To adorando!
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